sexta-feira, 17 de junho de 2016

A Revolta da Chibata

A Revolta da Chibata foi um movimento militar da Marinha do Brasil, planejado por cerca de dois anos pelos marinheiros sob a liderança do marinheiro João Cândido Felisberto. Ocorreu durante o governo de Hermes da Fonseca, em 1910 e durou apenas 5 dias. O motim se deu na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, na época capital do país.
Rebelaram-se cerca de 2400 marinheiros contra os baixos salários, as péssimas condições de trabalho e alimentação e, particularmente o uso de castigos físicos (Chibatadas), ameaçando bombardear a cidade do Rio de Janeiro. A revolta iniciou quando um marinheiro de nome Marcelino Rodrigues levou 250 chicotadas por ter machucado um companheiro da Marinha no interior de um navio de guerra. Os rebelados assassinaram o capitão do navio e mais três militares.
O presidente Hermes da Fonseca percebeu que não se tratava de um blefe e decidiu ceder diante do ultimato dos rebelados. Os marinheiros confiaram no presidente, entregaram as armas e os navios rebelados, mas com o término do conflito Hermes não cumpriu com a sua palavra e baniu alguns marinheiros que haviam feito parte da rebelião. Os marinheiros não se omitiram diante deste fato, estourando outra rebelião na Ilha das Cobras, o qual foi severamente abafado pelas tropas do governo.

Muitos marujos morreram, outros foram banidos da Marinha. Quanto a João Cândido, foi aprisionado e atirado em um calabouço na Ilha das Cobras. Quando se livrou da prisão, encontrava-se emocionalmente amargurado, considerado até mesmo meio alucinado. Em 1912 ele foi julgado e considerado inocente. Historicamente ficou conhecido como o Almirante Negro, aquele que aboliu o uso da chibata na Marinha Brasileira.

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